A manhã é aquele momento do dia que, salvo raras exceções, reservo para mim. Gosto de começar o dia com pouca ou nenhuma interação com o mundo lá fora.
Seja para treinar, estudar, nadar no mar ou realizar algum trabalho mais imersivo.
Se durante muito tempo esta decisão vinha acompanhada de um sentimento de culpa (que vinha sempre de mãos dadas com a ansiedade) - por não atender o telefone, ou ler as mensagens ou começar de imediato a por em dia as 199 tarefas que tenho na lista - agora assumo para mim com toda a confiança o poder pessoal que esta escolha me traz, e os benefícios que colho a curto, médio e longo prazo para a minha saúde mental e energia de uma forma geral.
Resgatarmos o nosso tempo pessoal é um processo. De todo linear. Primeiro pertencemos ao mundo assim que colocamos o pé no chão ao acordar, evoluímos para um período matinal com dia e hora marcada e por fim torna-se numa brecha que se abre no espaço e no tempo, sem contornos definidos e ao sabor da flexível e prazenteira arte de se simplesmente ser.
Sinto-me mais focada, mais leve e também mais produtiva. Acima de tudo não fico ressentida comigo e com o mundo por estar sempre a adiar o tempo que preciso para mim.
we are nature
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